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Chardonnay Day: Saiba Tudo Sobre a “Rainha das Uvas Brancas”

Atualizado: 28 de jun. de 2021


Afinal, quando é comemorado o Dia Internacional da uva Chardonnay? Na última sexta-feira, 21 de maio, teve quem ergueu as taças em nome da “rainha das uvas brancas”. Outros brindaram na segunda-feira, dia 24. Mas, atenção!, em 2021, a data correta é 27 de maio, nesta quinta. Isso porque a celebração da Chardonnay é, sempre, na quinta-feira antes do feriado do Memorial Day, nos Estados Unidos. O Memorial Day, você sabe, é um feriado oficial em homenagem aos homens e mulheres das Forças Armadas norte-americanas que tombaram em combate pelo seu país. Nos estados do norte é celebrado no dia 30 de maio, enquanto nos estados do sul pode ser lembrado em 26 de abril, 10 de maio e 3 de junho. Olha a confusão de datas! Mas por que o Chardonnay Day tem relação cm o Mamorial Day? Ora, simplesmente porque o seu criador quis. O pai da criança, digo, da data, é o especialista em marcas, branding e mídias sociais, Rick Bakas. O americano é considerado, desde 2011, o melhor diretor de mídias sociais da indústria vinífera estadunidense. Foi ele quem, após uma viagem a Austrália, começou a criar dias temáticos do vinho, a partir de 2009. Pelo Twitter, as comemorações viraram febre em forma de hashtags, e se espalharam mundo afora. Tanto que hoje temos um verdadeiro calendário de aniversários do mundo do vinho.


O Chardonnay Day – ou Dia da Chardô – é celebrado nas redes sociais com as hashtags #ChardonnayDay ou #ChardDay. Como diz Rick Bakas, “nada como um bom Chardonnay amanteigado pelo carvalho para suavizar a dureza de nossas gargantas!”



CHARDONNAY NA VINHOS DO MUNDO: SAIBA TUDO SOBRE A “RAINHA DAS UVAS BRANCAS”

AS PECULIARIDADES DA CHADONNAY

A propósito, a Chardonnay é conhecida como a “rainha das uvas brancas” por ser amplamente cultivada em todo o mundo. Seguindo o princípio de Darwin, que diz que os “organismos mais bem adaptados ao meio têm maiores chances de sobrevivência do que os menos adaptados”, a Chardonnay é capaz de se adaptar a diferentes condições de solo e clima. Fruto de um cruzamento natural entre a uva Pinot Noir e a casta Gouais Blanc, a Chardonnay é reivindicada como casta local da Borgonha e de Champagne, na França. Mas estudos de ampelografistas (cientistas especializados no estudo das vinhas e uvas) mostram que a cepa teria surgido no Líbano e na Síria, e só depois, nas Cruzadas, foi à Europa. A França é, contudo, o país onde a Chardonnay mostrou sua majestade . Seu reinado é dividido, sem dúvida, entre Champagne (com a produção das melhores borbulhas do mundo à base desta casta branca) e a Borgonha, com os rótulos consagrados das regiões de Montrachet, PouillyFuissé e Chablis. No Novo Mundo, a Chardonnay ganhou grande expressão e se tornou sinônimo de vinho branco nos Estados Unidos e na Austrália, colocando estes países no mapa mundial dos grande vinhos. Na América do Sul, Argentina, Chile e Brasil elaboram excelentes varietais (vinhos feitos a partir de uma única uva) de Chardonnay. E os espumantes brazucas têm nesta uva a essência do seu sucesso junto aos consumidores.

Com ela, é possível elaborar vinhos desde a expressão máxima da fruta — sem madeira —, até os amadeirados — que apresentam características de baunilha e são amanteigados. Em regiões de clima quente, os vinhos Chardonnay têm notas de pêssego e de melão, enquanto em áreas mais frias carregam notas de maçã com acidez mais alta.


Uma qualidade rara da Chardonnay é sua capacidade de suportar bem o amadurecimento em madeira, algo que a imensa maioria das uvas brancas não consegue. Essa peculiaridade faz surgir vinhos brancos de alta qualidade, completamente únicos.


É o caso do Reserva Chardonnay da Bodegas Carrau, que amadurece seis meses sobre as borras em barricas de carvalho francês. Tem aromas de abacaxi e maçã verde que se combinam com mel e baunilha provenientes de seu envelhecimento em madeira. Em boca se apresenta complexo, seco e robusto, mantendo por longo tempo sua vivacidade e frescura. Harmoniza com todo tipo de carnes brancas, queijos suaves e cremosos; e massas com molhos leves. Enfim, Viva a Chadonnay! Veja mais rótulos da “rainha das uvas brancas” no link https://bit.ly/3hTGXal. Orestes de Andrade Jr. | Jornalista e Sommelier



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